sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eis a questão?!




A questão não é só emagrecer, é como você se vê quando olha o espelho, mas olhar bem, além dele. Tá feia, tá gorda, tá se sentindo infeliz; então muda! Daí, você pode dizer: __Falar é fácil, fazer é outros 500! Eu estou começando a fazer...


No meu caso, pra começar a mudar o meu interior não havia outro caminho que não fosse passar pelo exterior, a não ser continuar refém dos medicamentos pra me manter no mínimo sob controle. Sabe aquela palavrinha que tá na moda “atitude”, pois é, estou processando ela, aos poucos, no meu ritmo. Quando queremos mudar algo em nossas vidas, há varias maneiras, como cortar ou pintar o cabelo, mudar o jeito de se vestir, modificar algum tipo de comportamento ou hábito, mudar de emprego ou profissão. Esses últimos não tinha nem um e  nem outro.
Acredito que boa parte nós, mulheres sofremos de um distúrbio que não tem cura, só controle, que é o de criar expectativas, acreditar que nossa felicidade e bem estar depende do outro. Eu constato que vez ou outra caí nessa armadilha e talvez você também. Por isso digo que não, não depende de ninguém, ela está dentro de nós, nas escolhas que fazemos consciente ou inconscientemente.
Desde 2008 quando “meu mundo caiu” por causa da Síndrome do Pânico e lá se foram quatro anos. No 2° semestre do mesmo ano tive o diagnóstico e saí da UFSC pra me tratar. Só fiquei em casa limpando, cozinhando, ajudando as crianças nos deveres escolares e engordando Assistindo tevê, mamando caixinhas de leite condensado, devorando barras de chocolate deitada no sofá.
Falando nela, acredito que a tevê foi uma das alavancas para o início da minha mudança por que ela foi e ainda é minha companheira. Assistindo programas como o Mais Você da Ana Maria Braga e o seu habitual “Acorda menina!” e programas de Travel, Culinária e Realitys como o Biggest Loser nos canais a cabo e notícias sobre atualidades, economia, política, saúde e moda. No início alguns programas sobre comportamento, sejam eles entrevistas ou documentários de pessoas que mudaram seus modos de vida sejam eles quais forem os motivos; por amadurecimento de uma ideia ou aqueles “starts” que a vida nos dá, eu era muito cética ao assisti-los. Pensava que eram estórias muito particularizadas, ou algo do tipo novidade para dar mais audiência à emissora.
Depois de algum tempo comecei a perceber que realmente existe uma espécie de “onda” em que as pessoas estão realmente querendo mudar e querendo mudanças inclusive no seu núcleo social, que como exemplo menciono as eleições Municipais de nosso País em que houve uma renovação dos políticos considerável. Alguns achavam que estavam com a eleição no papo e no final das apurações levaram um susto além de perdê-las. Daí comecei a me questionar se eu queria continuar a viver daquele jeito. Não, não quero! A “onda” me pegou!
Mudar é bom, quando é pra melhorar a si, e melhor ainda quando essa mudança faz efeito também ao nosso redor. Com essas reflexões percebo que, como eu, qualquer um pode fazer a mudança que quiser na sua vida. Sonhar sonhos possíveis e realizá-los é possível!


O ano está acabando, Natal chegando, virada do ano, essa época sempre mexe comigo, fico nostálgica. Começo a fazer reflexões sobre o que aconteceu e o que quero da vida para o próximo ano. O meu balanço foi positivo. E o seu? Então, desde já desejo a todos um Natal e o próximo ano maravilhoso.

       

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Isso é só o começo...


       Há tempos venho pensando em escrever um blog, tempo mesmo, desde a época da universidade nos idos de 2005. Mas não sabia que tipo de segmento daria a ele; político, social, moda e estilo de vida, culinária ou aspirações da minha futura carreira de Assistente Social que não aconteceu... Pensei, pensei e decidi que escrever é um estado de espírito, é o que se está vivenciando, filosofando ou tendo um olhar crítico sobre determinado assunto, em suma a chamada inspiração. Estou sentindo uma ansiedade positiva com o que pretendo escrever... Quero escrever coisas positivas... Mas vamos lá! 
       Na minha segunda gravidez em 2002 meu peso chegou a 74 kg e os mantive depois de parir. O Davi já estava com seis meses e eu continuava com esse sobrepeso e pensava na festa do 1º aninho dele e em como iria me apresentar para os convidados do evento e como resolver isso até lá.


Antes

       Marquei uma consulta com meu ginecologista e queixei-me sobre a situação e penalizado o Doutor me receitou umas anfetaminas pra eliminar peso, e aliado a exercícios físicos em casa, pois tínhamos uma esteira elétrica em casa e exercícios localizados que eu dominava a técnica, pois já havia feito academia e balé clássico na minha adolescência, consegui emagrecer 24 Kg o suficiente para mim e a ocasião.
       Em 2008 fui diagnosticada com Síndrome do Pânico, me caiu os butiá do bolso e desci ladeira abaixo; desisti da graduação em Serviço Social da UFSC, vestibular feito em 2005 e fui me tratar com medicação antidepressiva e análise com psicoterapeuta, onde aprendi através de Terapias Cognitivas Comportamentais a lidar com “a coisa”.
       Mais ou menos depois de dois anos de tratamento não queria mais ser refém dos remédios e o terapeuta disse que eu precisava aumentar meus índices serotonérgicos pra ficar bem. Os exercícios físicos regulares seriam uma alternativa para me livrar da medicação, mas cadê o ânimo? Tinha medo de tudo, e desenvolvi a agorafobia. Minha vida estava uma bosta, não dirigi mais, só ficava deitada assistindo tevê ou chorando sentindo pena de mim mesma com pensamentos mórbidos e suicidas, não abria mais as janelas do meu quarto e não ia nem na padaria da esquina de casa. Resultado: meu peso foi para 72 Kg.
       Em abril de 2012, mais precisamente dia 2 resolvi me matricular numa academia, e lá fui eu atrás das minhas endorfinas; parei com as medicações. Nos primeiros três meses não senti diferença alguma na balança, teoricamente esse não era o meu objetivo, mas a partir daí comecei a eliminar peso significativamente. Obviamente comecei a caber em roupas que não serviam mais, os colegas da academia perceberam minhas mudanças, e não eram só físicas. Eu saía meio que disfarçada com chapéu, óculos escuros e fones no ouvido e falava o necessário como manda a boa educação. Foram 150 dias de muita luta, disciplina e esforço para sair de casa, cinco dias da semana as 07h30min da manhã com frio, chuva, dias bons outros nem tanto e caminhar uma média de 25 minutos até a academia fazer minha série que durava em média 01h30min e outros 25 minutos para voltar.
       Não fiz dieta alimentar restritiva, mas contudo adquiri uma consciência corporal que naturalmente comia o suficiente e ainda podia “molhar a palavra” (beber vinho ou cerveja) nos finais de semana com o velho e bom churrasco e algumas guloseimas doces.
As cores começaram a voltar pra minha vida! Em todo esse processo não fiz nada sozinha, contei com meu companheiro Camilo que além do apoio psicológico me deu apoio logístico, né, pra eu frequentar a Academia Energy do meu bairro, meus filhos, a Marina e o Davi que estão sempre tecendo elogios para a nova mãe deles; mais magra, bonita e alegre. O meu Educador Físico o Professor Bruno de Brito Damásio é de suma importância nessa jornada, segui suas orientações como um soldado no campo de batalha. No final de setembro quando fiz a 2ª avaliação recebi um elogio dele que tem feito toda a diferença: __ Janaina, você é uma das alunas mais disciplinadas que já tive! Os colegas que frequentam a academia também são importantes, pois todos estão lá buscando um objetivo, que é ficar saudável, sendo assim há o apoio mútuo. Nessa avaliação eliminei 10 Kg, e é lógico que eu fiquei que nem pinto no lixo.


Agora